quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Obesidade infantil

Hoje em dia muito se fala de obesidade.
Quando falamos de uma criança obesa estamos a falar de um provável adulto obeso, que vai ter uma pior qualidade de vida, seja pelas dificuldades de mobilidade como pelas comorbilidades que inevitavelmente irá ter. E ser obeso não é apenas um problema do próprio, não. É um problema da sociedade, de todos nós! Pessoas com menos qualidade de vida que vão exigir mais cuidados de saúde e ficar dependentes mais cedo. A obesidade no adulto é algo que é possivel travar actuando no seu inicio, ou seja na criança.
A mudança passa pela educação dos pais, da criança e outros familiares com quem convivem. Infelizmente ainda é muito comum as pessoas dizerem que se está magro é porque é fraquinho (vulgo enfezadinho) e tem de comer e engordar para estar bem, e que "gordinhos" é que são saudáveis.
O desenvolvimento trouxe as Tvs em todos os compartimentos da casa, consolas, telemóveis, computadores, e todos os outros aparelhómetros que incentivam a estar parados. Trouxe também a insegurança nas ruas. É que se  há uns anos atrás nós vinhamos para a rua jogar às escondidas ou jogar ao elástico, sem os pais terem de estar sempre olhar, hoje em dia isso não é possivel na maioria dos locais e, o super proteccionismo dos pais, é muitas vezes justificado. Podemos acrescentar o facto de os pais terem menos tempo/disponibilidade para estar com os filhos e brincar com eles. As crianças acabam então por passar uma grande parte do seu dia em frente à televisão.
Algo que veio contribuir também para este crescimento da obesidade é a quantidade de alimentos processados que as nossas crianças (e não só...) ingerem. "Danoninhos" ou iogurtes com pintarolas em vez de iogurtes simples ou leite, pão processado com chocolate em vez de pão com um pouco de queijo, doce, fiambre ou mesmo maragarina, sumos em vez de água, e muitos outros exemplos poderia dar.
Quando a comunicação social fala em flagelo não estão a exagerar. A quantidade de crianças diabéticas, hipertensas e até mesmo com AVCs tem vindo a crescer rapidamente.
É necessário investir na educação das famílias mas principlamente despertar nas crianças a consciência de um estilo de vida saudável, ensiná-las e ajudá-las a tomar, de forma consciente, as suas próprias decisões. Temos de investir nas crianças para que o futuro seja mais risonho.
E não nos devemos esquecer que a obesidade não é um problema estético, mas sim uma doença.  E alguém obeso, sem mais nenhum problema conhecido, é já de si uma pessoa doente.

2 comentários:

  1. Gostei muito do post ;) É preciso mudar mentalidades e estilos de vida o mais rapidamente possível. Infelizmente as pessoas só o fazem depois de uma desgraça lhes bater à porta!

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  2. Obrigada Dina. É que esta doença pelo menos é passivel de ser tratada/curada, e vemos a população a encara-la como um simples problema estético, e que depois logo se vê... mas o depois pode ser um AVC...

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