A minha vida é um "corre corre" sempre com o tempo quase todo ocupado desde que o despertador toca até, seguramente, às 21h30-22h. E chego sempre a casa tarde. Ou porque estive a trabalhar ou porque tive a sorte de conseguir ir ao ginásio, e como acordo cedinho, das duas uma: ou me deito cedo e parece que é só casa-trabalho/trabalho-casa, ou acabo por dormir menos horas que o suposto para a minha sanidade mental e segurança de quem vai lidar comigo no dia a seguir! No meio disto muitas vezes esquecemo-nos que estamos numa relação e damos por nós a chegar à sexta-feira sem saber muito bem como, não tendo feito metade do que tinhamos planeado e com a sensação que não termos vida própria.
Então estas férias combinamos que haveria um dia na semana em que não há ginásio, nem futebol, nem tv, nem telemoveis,uj nem nada que nos distraia de nós como casal. Vai ser chegar a casa, jantar decentemnte, sentados na mesa, com uma boa música a tocar, com tempo para o que nos apetecer: falar, namorar, ou simplesmente estarmos deitados um juntinho do outro e pararmos um pouco o tempo que corre à nossa volta, e termos um momento 2.
Acho que é bom, muito bom, ter estes momentos em que somos só nós os 2 sem mais distracções, e uma vez que o fim de semana são só 2 dias, e a nossa vida é uma autêntica roda vida, foi a solução que encontramos, um compromisso.
Por vezes os casais esquecem-se que têm lá o outro ao lado, que fazem uma vida a dois, e que é suposto cultivá-la, para que a relação se mantenha saudável. Há coisas que fazemos quase inconcientemente mas que são como o substral das plantas (fazem as relações crescer e ficar viçosas): uma mão dada, o esforço de ele acordar mais cedo e preparar o pequeno almoço para estarmos juntos, o beijinho antes de sair e depois de entrar e casa, os elogios, palavras de carinho, o acordar os dois no centro da cama bem juntinhos, quando ele me vai buscar um copo de água à cozinha só porque eu tenho preguiça de me levantar, quando vemos algo que claramente nao gostamos para deixar o outro feliz, ou quando abdicamos de ver algo que gostamos e o outro detesta só para estarmos os 2 no mesmo sofá, ou aquelas brincadeiras patetas que só temos entre nós...e podia continuar aqui o dia todo com os exemplos. São coisas pequenas, quase insignificantes no meio do nosso dia-a-dia, mas fazem toda a diferença.
São os pequenos nadas que fazem o tudo.