Eu não queria! Eu não queria estar ansiosa nem com demasiada expectativa...
O maior problema de subir as expectativas é o tamanho da queda quando elas são defraudadas. E eu já caí, já esfreguei a cara no chão, e quase asfixiei por incapacidade de a levantar. Já apanhei muita porrada, já sofri muito (não tanto como algumas pessoas é certo, mas muito!), e não queria. Não queria sentir-me assim outra vez. Sem ar, sem luz, sem objectivos, como uma planta a morrer de sede. Não queria. Porque cada resultado negativo é mais uma facada... é uma morte lenta. Não física, mas do sonho. E quando os sonhos morrem, morre um bocado de nós.
Este assunto tem estado muito bem controlado, escondido, pelo excesso de trabalho, pela minha vida sempre em andança. E foi assim que aprendi a lidar com ele.
E agora estou a dar mais um passo para novas tentativas, com um risco enorme de desilusão e com uma probabilidade pequena de correr bem. Mas essa possibilidade existe, e como tal vou correr o risco. Correr o risco de voltar a cair. Correr o risco de correr tudo bem e logo a seguir correr tudo mal... Um risco grande, é certo...
Há coisas que aprendemos com os acontecimentos dolorosos na nossa vida. Aprendemos a lidar com eles! Aprendemos a colocar as mãos à frente para não dar com a cara directa no chão. E encontramos alternativas ao caminho directo e fácil. E eu tenho um plano D, para se o C falhar... Sim porque o A e o B já eram...
Vai ser uma caminhada longa, muito longa para alguém que gosta das coisas na hora.
Sei é que não vai ser por medo do sofrimento que vou deixar de viver a minha vida e de arriscar, sempre...
Já Fernando Pessoa dizia:
"Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor."