segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Às vezes batem as saudades de uma liberdade que já não existe

2 toalhas, 2 livros, o jornal do dia, um guarda-sol, um protector solar, água e a máquina fotográfica. Às vezes batem as Saudades de sair para a praia sem grande horário e levar só estas coisas numa saca pequena onde ainda sobrava espaço. Saudades de dar caminhadas de mais de 1h, com os pés no mar e tomar 10 banhos pelo caminho, comer uma bola de Berlim sem pensar se é cedo ou tarde para almoçar, não pensar se está demasiado quente ou vento, tomar banhos demorados de mar bem acompanhada e abraçá-lo no meio da água fresca. Tenho saudades disso tudo.

 E depois lembro-me como nessa altura desejávamos ser pais, e dos anos que passamos a tentar sem conseguir, e de como somos felizes (apesar de cansados) com elas e as saudades passam e surge uma ansiedade pelos dias de praia a correr atrás da mais velha e fazer piscinas à beira mar, e castelos e forminhas, apesar de este ano mais limitados por causa da mais nova.  

1 comentário:

  1. Acho que todas temos esse pensamento saudosista nem que seja por segundos, mas depois parece que nos invade um sentimento de culpa "ai, não posso pensar ou sentir assim, pois isso quer dizer que não dou importância suficiente a ser mãe ou ao meu bebé" Só que eu sou apologista das frases coordenativas, daquelas em que coordenamos os objectos, no lugar de lhes dar um ar de adversários. Nós podemos temos ter saudades desse tempo, e mesmo assim darmos importância ao tempo de hoje, aos nossos filhos. Isa, estou contigo nas saudades e também no amor pelos rebentos :-) Sem culpas!
    A Mulher do 31

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