terça-feira, 25 de outubro de 2016

Ainda há muitas mentalidades para mudar!

Hoje tive uma conversa com um colega de profissão que já trabalhou comigo vários anos e, apesar de há uns 2 anos não trabalharmos no mesmo local, mantemos a amizade. Dizia eu que hoje lhe liguei e, após algum tempo de conversa perguntou-me se eu só voltava ao activo em Janeiro e se entretanto me mantinha em mãe a 100% ou ía trabalhando em outras coisas. Disse-lhe que, para já, estou em modo mãe a 100%. E, não sei porquê, tenho sempre a sensação que tenho de justificar esta minha opção, que há sempre um tom de crítica subjacente e que recusar os trabalhos extra que me vão aparecendo na minha área, por estar dedicada à maternidade, é algo incompreensível, parecendo que as minhas competências e qualidades como profissional desapareceram ou reduziram só porque fiz esta opção. Será que sou eu que estou a fazer filmes na minha cabeça ou, involuntariamente, é mesmo assim que as pessoas veêm as coisas?

4 comentários:

  1. Infelizmente, é!! Mas não te chateies nem percas tempo a pensar nisso. Pensa assim, que foi o que eu fiz quando tirei 8 meses de lincença... No trabalho, por muito boa que seja, sou mais uma... em casa sou A Mãe! E isso e tudo... Ainda bem que pudeste fazer essa opção, para mim foi a melhor escolha de todas. Aproveita!!!

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    1. Eu aproveito, claro, mas fico sempre um pouco triste com esta visão redutora das coisas. Mesmo de pessoas próximas e que sabem o meu valor em termos profissionais!

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    2. Assino por baixo ao que a Vidas da Nossa Vida disse. Tire 8 meses, senti isso que falas e continuei a sentir quando regressei ao trabalho e quando pedi para continuar com o horário da amamentação após os 12 meses. O Dinis não pega em biberões e ainda mama muito, por isso é um direito que tenho mas que não é bem visto pela maioria das pessoas!

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  2. Infelizmente as pessoas ainda vêem a opção de ser mãe a tempo inteiro (mesmo que só por uma questão de poucos meses) como algo redutor. Parece que, por termos lutado tanto enquanto mulheres para sermos e termos as mesmas oportunidades que os homens, estamos a renunciar às mesmas quando achamos, ainda assim, que naquele momento o mais importante para a família é assumirmos a maternidade em exclusivo durante o tempo que quisermos. Como se ser mãe fosse uma coisa inferior a ser-se profissional, como se para sermos "boas que chegue" tenhamos que acumular todos os cargos (mãe, esposa, profissional, ...). O importante é cada uma estar consciente daquilo que quer e que é melhor para si e para a sua família; o que os outros acham não interessa!

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